No meio da correria da vida, encontramos algumas pessoas — especialmente, nos relacionamentos de amizade ou amorosos — que são absolutamente solícitas. Estão sempre falando ou fazendo alguma coisa pra nós com postura ou atitude de gentileza e presteza.
O fato é que essas pessoas invadem suavemente nossa vida e se apoderam dela. Quando menos percebemos, praticamente em tudo, elas acabam participando ou dando palpites. Até porque a vida delas é quase ridícula em termos de falta de verdade e consciência; mas elas sabem tudo ou pelo menos o que é melhor a respeito da nossa vida.
Uma característica que ajuda a identificar esse tipo de comportamento é que, muitas das vezes em que estão "nos ajudando", a coisa não flui, não dá 100% certo, algo não funciona ou dá errado. Fica uma sensação estranha, porque não ficamos felizes nem nos sentimos leves com essa ajuda. Mas como reclamar? A pessoa fez o que pôde e com a "melhor" das intenções…
Já vimos em outros textos que os seres humanos raramente têm intenções confessáveis. Existe a aparente vontade de agradar ou satisfazer ao outro, mas, por trás, está o interesse próprio, o verdadeiro, de controlar, de garantir um lugar de destaque ou importância na nossa vida. Enfim, de satisfazer o seu próprio desejo egocêntrico à nossa custa. No entanto, adoramos acreditar nas aparências e ignorar as mensagens.
É simples: quando fazemos algo de coração — com amor verdadeiro pelo outro, com vontade de levar alegria para o outro —, a energia ou vibração correspondente está lá.
A alma estará lá.
Por Ary Alonso (Espiritualista) 14/09/2009