O Programa de rádio do “Favela é Isso Aí” tem apenas três meses, mas já é sucesso em Belo Horizonte. Com duração de 15 minutos, mas bem variado, o programa traz a produção de músicos regionais, além de depoimentos de artistas, informações demográficas sobre uma vila ou favela, receitas, poesia, dicas de livros, filmes, lugares legais e opiniões sobre temas ligados a periferia.
Tudo bem curtinho. Os programas podem ser ouvidos pela site da rádio. “Percebi que havia uma enorme produção artística nas periferias, mas essas não tinham para onde escoar. Foi quando eu procurei a Clarice Libânio, coordenadora executiva do Favela É Isso Aí. Ela está aí e temos que oferecer algo de diferente e com conteúdo para os ouvintes”, conta José Eduardo Gonçalves, presidente da emissora.
Clarice explica que o convite da rádio veio a calhar, pois já havia o desejo de usar o estúdio comunitário para algo mais do que a produção de discos ou fazer programas para as rádios comunitárias. O programa é curto, mas vai ao ar entre dois programas que tem muita audiência. “É impressionante como em um curto espaço de tempo se consegue tanta informação sobre a periferia”, diz José Eduardo.
Como o programa não tem locutor, só vinhetas, toda equipe da instituição é envolvida, todos gravam chamadas de músicas, dão dicas de livros, filmes e lugares legais, tudo relacionado à periferia. Desse processo também participam jovens e vários moradores de periferia, que integram a equipe.