E o tal do ego? É mau ou é bom?
Os tratados de psicologia e as sociedades, tanto oriental como ocidental, falam bastante de como é ou pode ser pernicioso o nosso bendito ego.
Existem alguns lugares que ensinam "fórmulas" e métodos incríveis para acabar com ele. Aniquilá-lo! Quase como se fosse uma pandemia, dessas que inventam para tirar o sono dos crédulos e aumentar o lucro do exercício contábil. Qualquer semelhança com discursos conhecidos não é mera coincidência, até porque nós, espiritualistas ou pessoas que querem aprender a lidar melhor com a vida, já sabemos que coincidência não existe.
O ego é internacional, fala diversos idiomas e pode ser também um ótimo saco de pacadas onde depositamos todas as lambanças que fazemos.
Ele tem outras funções importantes, como manter a nossa vontade ou nosso instinto de sobrevivência ativo; e nós já vimos em outros textos que, sem o desejo, não conseguimos alcançar tudo que queremos. E quem alimenta a máquina dos desejos? O ego!
Na realidade, quando entendemos a lei de Causa e Efeito, percebemos que faz parte da inteligência que chamamos de física – está na natureza humana como uma das forças criadoras de causa que temos para nos transformar, amadurecer e evoluir.
É fundamental para nos tornarmos seres mais capazes de nos integrarmos com o universo.
E se eu disser que o trabalho da vida é satisfazer o ego? Podem querer me bater?!
Pois é isso que estou dizendo: estamos aqui para preencher todas as nossas necessidades egocêntricas! Cada um atende às suas, e não à do outro.
Só há uma regrinha básica para isso: enquanto estou atendendo gentilmente ao meu ego, não posso NUNCA, JAMAIS, esquecer de levar em conta todos que podem sofrer alguma interferência durante esse processo. Esse é o único limite.
Alimente generosamente o seu, mas respeite o vizinho. Respeite a harmonia, o equilíbrio, o senso comum. Não o ego do vizinho.
Se você tem algum tema que gostaria de ler aqui na coluna, me avise.
Por Ary Alonso (Espiritulaista) 24/08/2009