Será que existe mesmo uma dose de ciúmes que seja positiva? Não!
Podemos passar séculos discutindo se houve razão moral e ética para uma determinada cena de ciúmes.
Mas nós, que já entendemos que tudo aquilo que é percebido com os cinco limitados sentidos é só uma interpretação parcial da realidade, sabemos também que, para aprender alguma coisa com um fato desagradável ou triste, precisamos analisar sob a ótica da lei de Causa e Efeito. Aí estaremos lidando com a realidade completa.
A primeira coisa é saber que, se aconteceu, faz parte do Sistema perfeito que nos governa; ou seja, todo mundo que viu precisava ver e aprender alguma coisa – sempre tem mensagem para todos que participam de alguma forma, mesmo que só assistindo.
O santo ou a santa criatura que ouviu alguma preleção sobre seu comportamento não é parente da Madre Teresa de Calcutá. E quem fez um julgamento público aguarde para sentir as mesmas vibrações que provocou em todos presentes. É muito julgamento.
Por isso, precisamos cuidar melhor do que sai de nossa boca, do que ingerimos. Não há "comida de coelho" que compense os efeitos perniciosos à nossa saúde causados por palavras negativas.
Entendido o acontecimento em si, precisamos procurar a causa para nos curarmos.
O que foi que fizemos para ir parar nessa situação? Essa é a pergunta-chave pra todo mundo. Não tenha dúvida de que a vibração baixa ou negativa estava lá e, se o seu carro não furou o pneu para você perder o voo errado ou a festa errada, cuide melhor da sua vibração. Só acessamos acontecimentos que combinam com nossos pensamentos, sentimentos e que geram a vibração correspondente. Traduzindo, somos todos responsáveis.
Esse tipo de emoção — ciúme — vem da falta. Quando estamos muito focados nos nossos desejos egocêntricos, sem levar em conta o vizinho, ficamos na roda viva do mais e mais, e nem percebemos todas as coisas boas que temos na vida. Valorizar tudo de bom à nossa volta faz com que não tenhamos uma dependência dos sentimentos dos outros para nos sentirmos felizes. Na próxima vez que tiver vontade de enquadrar alguém ou mesmo dar uma lição de moral pública ou particular, lembre-se do desequilíbrio que vai gerar não só no outro, mas também em você mesmo.
Por Ary Alonso (Espiritualista) 03/08/2009