Dizemos que estamos no mundo da ação.
Nessas dimensões que percebemos com os cinco limitados sentidos, temos decisões a tomar o tempo todo. São perguntas que nos fazem, são questões para decidir e são escolhas intermináveis. Desde qual o sapato ou bolsa, até se devemos casar ou não: será que é a pessoa para sempre?
O fato é que, a começar pelo momento que levantamos da cama, estamos julgando e fazendo escolhas. Essas escolhas e julgamentos são feitos com base em regras sociais, educação que recebemos, compromissos que assumimos e também com base no nosso estado de espírito. Quando estamos amando, só enxergamos a beleza da vida, mas, quando temos que fechar o orçamento no fim do mês, nem lembramos que a vida pode ser maravilhosa.
O que vai determinar o nosso futuro depende do que plantamos hoje – quais portas abrimos e quais fechamos; quando dizemos sim e quando dizemos não.
Podemos identificar duas "regrinhas" que estão de acordo com a lei de Causa e Efeito, mas que muitas vezes vão parecer frias e insensíveis, moral e eticamente falando.
A primeira é que, se geramos uma expectativa, a resposta deve ser sempre sim. Eu disse "se geramos"; mas, se a expectativa foi criada pelo outro, não faz parte do seu interesse ou do interesse comum, quer dizer que só atende o outro que criou apenas um desejo egocêntrico, a resposta para o bem de todos deve ser não.
Esta é a segunda regra ou pergunta que devemos fazer para nós mesmos: é para o interesse de quem? É para atender ao bem de todos os envolvidos?
É fundamental o que está por trás – não podemos atender a um pedido egoísta se não temos o desejo verdadeiro de fazê-lo. Se vamos fazer para ser reconhecidos como boa pessoa, ou simplesmente é mais fácil dizer sim, a resposta certa é não. Quando existem outras pessoas envolvidas e não é do interesse delas, elas não estão buscando por isso, a resposta é não.
Dizer sim é fácil, confortável; afinal, todos nós queremos sentir-nos aprovados, admirados e reconhecidos.
Diga sim consciente, sabendo por que está dizendo e que não seja por moral e ética.
Seja pelo bem comum, nunca pelo bem individual.
Por Ary Alonso (Espiritualista) 29/07/2009