Houve um tempo em que olhares sérios e sombrios eram coisas que só encontrávamos no Centro da cidade e perto de repartições públicas. Agora, não importa onde estejamos, estão todos atribulados e sem tempo a perder. Haja carranca! Está tão impressionante que, mesmo na praia de Ipanema, é surpreendente o estado de ânimo da maioria. Ninguém olha pro lado, exceto uma ou outra "secada" de homem passando por uma mulher bonita; mas um cumprimento simpático, impossível.
E pensar que o Rio já foi exemplo internacional de elegância, cavalheirismo e boa educação… Calma lá! O nosso assunto não é parte de uma campanha pela melhoria da imagem da cidade e muito menos um artigo sobre moral e ética – até porque, nas dimensões espirituais ou metafísicas, isso tudo não vale nada!
Faz parte do entendimento espiritualista nunca dar explicações racionais e lógicas simplesmente porque sabemos que o universo tem suas leis próprias e não está nem aí com o que cada um de nós pensa. O Sol vai nascer amanhã, mesmo que os dois presidentes mais populares das Américas façam um pacto em contrário. Aliás é bom nem dar a ideia. E o que dizem as leis que nos governam, ou melhor, a lei de Causa e Efeito em seus múltiplos aspectos?!
Diz-nos que criamos a nossa realidade. Nossos pensamentos, sentimentos e vibrações consequentes vão gerar o nosso futuro. Por isso devemos estar atentos ao nosso estado de espírito, que pode ir se deteriorando com uma notícia ruinzinha aqui, um comentário trágico ali, e assim vão dominando a nossa mente coisas que só podem criar sensações negativas, como dúvida e medo, até que se materializem de alguma forma.
A Causa e Efeito nos confunde porque funciona com base nos sentimentos que provocamos, e não nos atos específicos. São as vibrações dos sentimentos que retornarão, mesmo aqueles que criamos em nós. Quando pisamos, não vamos ser pisados de volta – vamos sentir o mesmo que provocamos. É o aspecto espelho. Para ser feliz, precisamos jogar fora todas as carrancas.
Por Ary Alonso (Espiritualista) 22/07/2009