Por mais que estejamos abertos a pensar ou tentar pensar de uma forma diferente, não conseguimos abrir mão da vontade de controlar as coisas da vida, os acontecimentos em geral.
Definimos exatamente o que os outros devem fazer, como devem comportar-se e, se não somos atendidos, é porque essas pessoas não servem ou mesmo não prestam. Esquecemos o princípio básico da lei de Causa e Efeito: só recebemos ou colhemos aquilo que plantamos. Na nossa linguagem, vamos vivenciar as mesmas vibrações que geramos em algum momento do passado recente ou remoto.
Estabelecemos referências de padrões rígidos para os outros e tentamos apagar da memória os momentos difíceis em que tivemos apoio de alguém. Sim, porque agora, quando estamos bem e superamos algum desafio, perdemos totalmente o interesse em manter a harmonia e o equilíbrio. Nem precisamos desse tipo de coisa porque sabemos exatamente o que queremos. Estamos prontos para julgar e condenar.
Mas só por via das dúvidas, mantemos algum carinho ou alívio nos julgamentos (vai que não aparece "aquilo que eu quero"). Fazemos um jogo de morde e sopra nas relações, de tal ordem que possamos ter uma janela ou porta conhecida para retorno durante uma emergência.
E se eu não consigo uma outra amiga ou namorada para substituir essa que não faz o que eu quero e não como eu quero?!
Enquanto mantemos portas indefinidas ou entreabertas — nosso "Plano B" —, impedimos que tudo de bom aconteça. Primeiro, porque não desenvolvemos uma relação completamente verdadeira com entrega, com risco, e, sem risco, não tem a sorte grande. Segundo, porque também não estamos vibrando no mesmo nível da perfeição que gostaríamos de receber.
Escolha um Plano de verdade e entre de cabeça, ou melhor, de corpo e alma integrados.
Por Ary Alonso (Espiritualista) 31/07/2009