O processo para alcançarmos o que desejamos, na maioria das vezes, demora. E durante esse tempo sofremos de alguma forma ou sentimos algum tipo de dor. Já vimos no texto anterior que a demora deve-se ao fato de resistirmos às mudanças internas. Queremos que as coisas mudem na nossa vida, mas queremos também continuar fazendo do mesmo jeito. É equivalente a ficar tentando abrir uma porta com a chave errada.
Quando nos sentimos empacados e frustrados, é simplesmente porque o que estamos fazendo é motivado por interesses egocêntricos que não levam mais ninguém em conta. Esses sentimentos de incapacidade só têm uma função: mudar a nossa vibração. Corrigir o nosso "rumo". Retomar a nossa busca essencial de harmonia.
Podemos experimentar, quando ficamos resfriados, fazer críticas ou analisar os defeitos e problemas alheios, mas é quase impossível — o que nos leva a uma dor de cabeça ou uma gripe ter origem na nossa consciência egoísta do físico. Esse tipo de sentimento quebra a harmonia do universo, mesmo que no princípio seja dentro de nós ou somente a nossa volta. Dizem alguns religiosos: "A dor purifica". Só não explicam direito por quê. Claro, são vendedores de purificação.
O fato é que todo tipo de dor trava as vibrações do ego e com isso abre espaço para que nossa alma e sua essência de harmonia entre ou se apresente na nossa vida. Muda a consciência. Na verdade, nós quase sempre pressentimos que vamos ter uma "baixa" imunológica, mas preferimos ignorar esse pensamento. Atribuímos ao vento, ao frio, ao marido, namorada ou ao Espírito Santo.
Simplesmente, porque não queremos assumir a responsabilidade pelo que se passa nas nossas vidas. Eu disse responsabilidade, não culpa.
Por Ary Alonso, espiritualista.