O presidente da Central Única das Favelas (CUFA), Danillo Bitencourt, é gay assumido e, recentemente, foi nomeado coordenador nacional da Central. Isso facilita os propósitos do seu trabalho: reforçar as idéias de tolerância e diversidade sexual nas favelas do País, principalmente na cultura hip-hop, que quase sempre apresenta atitudes machistas. "Combater a homofobia e ser parceiro na aprovação de um projeto que a criminaliza é dizer não a toda forma discriminatória e um grande sim à cidadania e à dignidade. A favela brasileira agora tem novas cores e deixou de ser um lugar lembrado pelos tempos da escravatura e dos retrocessos político-econômicos, para dar lugar a uma nação multicor: verde, amarelo, branco, azul, e, também, rosa”, afirmou Danillo.
O ativista vai orientar 27 escritórios da CUFA espalhados pelo Brasil a aderir aos processos de combate ao preconceito. “Chegou a vez de mostrar e reafirmar à sociedade que a favela brasileira também é gay. Gay em alegria, em força e em consciência social”.
A campanha “Não Homofobia” tem o objetivo de dar visibilidade à aprovação da criminalização da homofobia, além de ampliar o diálogo com outros setores e movimentos sociais — quer mobilizar, até outubro de 2009, um milhão pessoas para o abaixo-assinado a favor do PLC 122-06, que torna crime a homofobia. O projeto já foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora é analisado pelo Senado Federal. É uma iniciativa do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, em parceria com a ABGLT, Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT no Congresso Nacional, Grupos LGBT de todas as regiões do País; além dos portais Disponível.com; Acapa.com e Mixbrasil, entre outros.