Gilberto Dimenstein — articulista da Folha de São Paulo e engajado no jornalismo comunitário — indicou o poeta paulista Sérgio Vaz, idealizador da Cooperifa (Cooperativa dos Artistas da Periferia), para receber o prêmio Educador Inventor, do projeto Aprendiz da Unicef, nesta sexta-feira, no auditório do MASP — segundo quem o conhece, mas do que merecido.
Sérgio também anda ocupado com o 3º Prêmio "Dom Quixote de La Perifa", que acontece dois dias antes, no bar do Zé Batidão, em São Paulo, onde o público senta e brinda com cerveja para ouvir o grito da ’perifa’: poemas de denúncia social e de consciência negra. Dura até meia-noite, e os organizadores levam poemas de nomes consagrados, de Maiakovsky a Leminsky, para os que aparecem de mãos vazias.
"Isto aqui está virando um aparelho cultural, cada um fala de seu trabalho. Não adianta agitar sexta e sábado e, na segunda, voltar a ser medíocre", diz Vaz, que é autor de "Pensamentos Vadios" e de uma biblioteca comunitária.