Por Ary Alonso (Coaching espiritual/cabalista)
Quem disse que fazer boas ações tem alguma coisa com trabalho espiritual?
Acredito que todas as linhas religiosas ou de doutrinas espirituais dizem, em algum momento, que devemos ser boas pessoas.
Acontece que existe um ponto contraditório nesse tipo de pensamento.
O princípio de tudo é que somos todos iguais perante o todo do Universo, mas, assim que aceitamos que existem boas e más pessoas, ou ainda coisas certas e erradas, nos afastamos completamente de qualquer sentido metafísico.
Ficamos enrolados numa teia de moral e ética quase impossível de sair. Criamos hierarquia, formas de nos diferenciarmos e, em seguida, algum comediante fala em amar o próximo como a si mesmo.
Primeiro, definimos uma infinidade de regras e conceitos que estabelecem seres superiores e inferiores, puros e impuros, diferenças antagônicas, para, depois, querer fazer a união ou integração de todos.
Só como piada.
Enquanto não aceitarmos que o funcionamento da vida não tem absolutamente nada a ver com esses conceitos falsos e mentirosos, que só servem para criar separação, não conseguiremos, sequer, ter o mínimo de respeito por nós mesmos – o que dirá pelo outro.
A base do trabalho espiritual é nos reconhecermos como seres infinitos e não limitados porque nos vemos encapsulados num corpo atômico.
Não tem a menor lógica falarmos do espírito, da alma, utilizando palavras e expressões que fazem sentido para o corpo. Também não tem menor sentido imaginar que precisamos nos transformar em anjinhos puros para transcender os prazeres materiais.
É muito mais simples. Precisamos apenas cuidar da consciência, da verdadeira intenção, quando buscamos o melhor pra nós. Aí vamos conseguir enxergar o outro e nos integrarmos.
Assuma sempre a responsabilidade – pare de dar explicações e desculpas. Ficará bem mais fácil ter respeito por si mesmo e por todos.
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