Por Ary Alonso (Coaching Espiritual)
Queremos resolver tudo com palavras. Sabemos que elas têm poder, mas não exatamente como isso funciona. O fato é que, apenas por meio delas, não se consegue construir pontes ou conexões verdadeiras.
Há alguns milênios, pouco se falava e a percepção do outro era mais fácil. Bastava a presença de alguém, para saber qual o seu estado de espírito e que tipo de mensagem aquela pessoa trazia.
Atualmente, o instrumento mais usado é o “caixote”. A todo o instante, acreditamos que podemos pegar um, subir e começar a discursar sobre qualquer assunto. O que deixamos de fazer é apresentar ideias, propor novas coisas ou, simplesmente, questionar algo.
Saímos por aí dando nossas “opiniões” e falando o que achamos, e como achamos, cada um com seu palanque ou plataforma moral, ética, racional e lógica. Somos pessoas bem informadas pelo jornaltragédia e a tvdesgraça; então, estamos habilitados a repetir roboticamente tudo que nos informam.
Para falar do alto de nosso “conhecimento”, só é preciso mesmo um microfone ou holofote; na verdade, nem precisamos mais disso porque temos a Internet, que veio substituir a telepatia do passado.
Não nos damos conta de que, praticamente, não falamos mais sobre a essência das coisas. Por exemplo: no futebol, falamos sobre noitadas e corneadas; na política, em como controlar o cidadão, onde e como ele anda. Falar sobre técnicas e táticas para aprimorar a prática do esporte, não vejo; planejar e organizar os serviços públicos para simplificar a vida das pessoas, dando mais liberdade em vez de tirar, só como piada.
Para não ficar só na superficialidade, como descrevi acima, cito uma ideia para pensarmos em como é fácil distorcer o interesse comum: a lagoa Rodrigo de Freitas, que, originalmente, era para ser uma via expressa, para nos dar liberdade de trânsito, com um sinal luminoso a cada 100/200 metros, se tornou tão lenta e limitada como a Avenida Copacabana.
Estamos tão “encaixotados” mentalmente, nesta era de ignorância promovida pelos líderes políticos, que não percebemos que estamos no caminho para os “fornos de purificação”, com todos se tornando vacas de presépio, já que não questionamos mais nada.
Precisamos lembrar que nós, a população, somos os patrões, e que os servidores públicos, nossos empregados, em sua maioria, são indolentes e incompetentes, sustentados por guerreiros-heróis, assalariados de R$ 500 a R$ 700.
Que tal falarmos menos e fazermos alguma coisa bem pequenininha, mas essencial, como respeitar o interesse alheio?
O respeito às necessidades das pessoas, independentemente de classificação, é a única forma de integração com a alma.
Consciência da Imortalidade – Coaching em grupo toda segunda-feira. Visc. de Pirajá 580/ sl 223, às 19:10, em Ipanema. Informações —
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