Serviço excepcional, sem excessos, carta de vinho selecionada com 360 rótulos onde prevalecem os italianos com preços atrativos. Como se não bastassem todas essas e outras maravilhas, o restaurante fica bem ali na rua que virou referência na gastronomia carioca, a Dias Ferreira, no Leblon.
Dois feras da restauração, Nicolas Giorgio (8 anos de Gero, melhor referência, impossível) e Dionísio se juntaram, e o resultado foi um menu enxuto, clássico e deliciosamente bem combinado. O chefe Pedro Pecego é um achado: goza de experiência e executa os pratos com o respeito que a tradição exige e segundo a cartilha da boa cozinha.
O ambiente é acalentado pela presença da madeira, e a temperatura lá dentro, agradabilíssima. É mesmo verão?? Na mesa, apenas um tapetinho para os talheres, e o guardanapo é de pano. Agradecemos!
O almoço é simplesmente uma pechincha para o que eles oferecem: alta-cozinha com generosidade e produto. São duas fórmulas: o “leggero” com coperto, antipasto e piatto principale (R$ 44,00) e o “armonico”, que é acrescido de uma taça de vinho (R$ 60,00). Eu me deliciei com um francês Sauvignon Blanc e Gros Manseng, da região de Madiran, de 2010 e com um chianti tinto leve com tanino bem equilibrado (os dois, sugeridos pelo Dionísio). “Que marravilha”, como diria o Claude.
Os patês e as massas são todas feitas na casa – chamo atenção para o tortelli de burrata com molho de tomate com manjericão (que também está picadinho dentro do recheio, não só no molho). Já o ravióli de mascarpone com pato e parma podia estar mais molhadinho e um pouquinho menos “al dente” (bom, melhor assim que cozido demais, né mesmo?). A tentação não para por aí… Risotto, tagliatelle, namorado, salmão, escalope de filé com presunto cru e sálvia com risotto de brie e aspargos e omelete também estão nas ofertas dos pratos principais. Mama mia!
A lista de embutidos e queijos desperta a curiosidade. As porções de salada funcionam como prato, e as entradas servidas no jantar fazem você ter de ir lá à noite também: carpaccio de javali curado com sal de zimbro e azeite de carvão e o ovo com aspargos, trufas e batata. O penne “Amatriciana” (com bacon, tomate fresco e cebola) me deixou na vontade.
Fiquei de voltar para provar as sobremesas: pannacota com calda de frutas vermelhas e baunilha, Cremcaramel, affogato de café com sorvete, etc. Já tô contando os dias. E você?