Você escolhe 3, 5, 7 ou 9 cursos (pequenas porções de pratos que compõem o menu degustação), sempre acompanhados de um snack (entrada). Escolhi o de 9, mas teria escolhido o de 15, se houvesse.
O primeiro snack foram os profiteroles de queijo do Marajó (queijo deliciosamente cremoso que, dentre outros produtos, ajuda a sustentar a economia da região) e licuri (fruto seco) crocante; em seguida, batatas bravas, uma Tapa tipicamente espanhola, servidas com molho picante, só que com sotaque brasileiro (todas as pimentas usadas são daqui). Apetitosas, douradinhas e crocantes. Tartar de peixe filhote – de água doce e pescado, sempre quando bebê – com cone mestiço de açaí e tapioca. Finalizando, rolinhos de moqueca com espuma de coco. Rolei de alegria!
Nossas papilas gustativas já estavam animadas e ansiosas pelos protagonistas: camarão com chuchu e nitrovinagrete de mostarda. Açaí, banana, tapioca e pó nitro de foie. Caprese quente e fria de burrata, pesto de baru, tomate quentinho e pão de milho. Fantásticos! Para quem não sabe, o cozimento no nitrogênio é a frio e confere uma textura aparentemente sólida aos ingredientes, mas derrete na boca.
E nossa experiência continuou com langostinos com creme frio de pistaches, alcachofra e pupunha crocantes. Divinos! Ravióli de beterraba e cavaquinha com lardo de caponata (parecido com a pancetta), só que da região de caponata na Itália. Eu costumo dizer que, quando não tá bom, uma das soluções é colocar bacon. E, se é assim, esse lardo nem se fala.
Quando fui, estava de ressaca e, apesar de a sommelier ser linda e dar a impressão de que domina o tema, não provei dos seus conhecimentos. E posso falar? Acho ideal. Priorize a comida e depois deguste os vinhos. Como se diria em espanhol, “és lo mejor!”. No próximo capítulo do Pé na Jaca, vamos nos lambuzar com as sobremesas. Afinal, a última impressão é a que fica. Será?