Por Ary Alonso (Coach espiritual/cabalista)
Uma amiga me indicou um post no Facebook que dizia mais ou menos assim:
“Saio da CABALA com a sensação de que faço tudo errado. O objetivo de tudo é sempre compartilhar, ajudar o próximo e banir o egoísmo da sua vida. Devo pertencer ao nível zero da humanidade, pois só penso em mim e nas minhas necessidades…”
Em primeiro lugar, uma pessoa que trabalha com orientação espiritual não deveria, sob qualquer pretexto, fazer com que alguém se sentisse “ao nível zero da humanidade”.
A natureza humana, no seu aspecto físico, é subjugar o outro; mais ainda, explorá-lo em tudo que for possível.
Trata-se de coisa mais abjeta ainda quando é feita em nome Deus, seja ele de nacionalidade ou linha espiritual que for.
Mas o fato é que, desde o tempo quando o Império Romano conheceu, há dois mil anos, a possibilidade de dominar as pessoas sem uma espada, o business da fé só cresceu.
Acontece que Cabala ou Kabbalah é uma sabedoria, um conhecimento que explica como o Universo funciona. Assim, existe desde o princípio de tudo. Não faz parte de nenhuma religião ou doutrina, sendo anterior, obviamente, a todas elas.
Mas está sujeita ao mau uso, como tudo, pelo interesse egocêntrico de alguém.
Quando fazemos algo ligado ao nosso lado espiritual, a tudo aquilo que não podemos analisar com os cinco sentidos, simplesmente, paramos o nosso instinto animal imediatista e impulsivo, motivo suficiente, por si só, para nos sentirmos preenchidos e confortados.
Isso pode acontecer num templo, numa igreja, numa sinagoga ou na Av. Rio Branco.
Na prática, o ponto de partida é que o mundo é perfeito dentro da lei de Causa e Efeito – o que significa dizer que não existem o certo e o errado – só a ação atômica e sua consequência.
Como estamos em evolução desde que nascemos, nada mais natural que a cada dia possamos fazer melhor do que fizemos no dia anterior.
Qualquer tipo de culpa com relação ao passado de um segundo atrás ou de mil anos serve apenas para os vendedores de purificação e conexão expandirem suas receitas.
Claro, compartilhar com quem, cara pálida?
Cuidar de si não é fazer nada de errado, até porque, estando vazio ou deprimido, ninguém vai ter nada para trocar ou realizar na vida.
Basta não se impressionar com os “vampiros”, pois eles serão inofensivos. Só cada um de nós pode criar a sua própria realidade.
Cuide da causa e controle o efeito.
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