Por Ary Alonso (Coaching espiritual)
A evolução tecnológica é tão rápida que nenhuma novidade impressiona mais. É claro que os ávidos pelo novo vivem excitados na busca frenética da próxima “dose” de lançamento, só para desfrutar momentos ou dias de exclusividade.
Podemos perceber, no comportamento das pessoas, que elas estão sempre atentas à notícia ou informação do momento. Mais ainda, a impressão que temos quando paramos para observar, hipoteticamente falando, é que todo mundo está esperando um telefonema urgente. Basta a bendita campainha do celular tocar, para alguém dar um salto e perguntar: “É o meu?!”, já sobressaltado.
Em casas com adolescentes, a não ser que tenham assistentes ou secretárias, o telefone não toca duas vezes; na primeira vez, a jovem já atendeu. Parece até treinamento para aqueles programas “geniais” de perguntas e respostas, que, como todos sabem as respostas, é fundamental a velocidade de apertar o botão de resposta na frente.
Não percebemos, mas a velocidade na mudança de valores também é impressionante. As pessoas criam, por exemplo, uma nova moral e ética para o período da copa. Dia de jogo, não adianta marcar nada, se não for uma conta importante que está vencendo naquele dia e, se não for paga, acarretará multa. Ninguém tem tempo para qualquer coisa que não seja se preparar para o jogo.
Que diabos significa isso: preparar-se para o jogo? Estar pronto antecipadamente para assistir, no nosso caso, a um time de zagueiros que, por alguma razão desconhecida, temos a esperança de que se tornem atacantes e façam gols. Afinal é a “pátria de chuteiras”, e nossos patrióticos jogadores – que ganham fortunas para beber champanhe e passear com cachorras -, aliás, talvez seja isso que esteja faltando, nos representem e salvem a nossa honra.
O que não entendemos é a forma ridícula, infantil e irresponsável com que lidamos com a vida. Deixamos de cuidar de nós mesmos, para vivermos uma “dose” de euforia e excitação.
Não tem nada de mais assistir a jogos de qualquer esporte. O que importa é a atitude e o comportamento diante de todas as coisas na vida – obviamente, antes e depois do “espetáculo”, há vida.
Existem, inclusive, muitas pessoas no mundo civilizado que não entendem como alguém pode gostar de uma competição em que nem sempre vence o melhor, até porque estamos cansados de ver que um simples árbitro pode destruir o espetáculo.
Quem vive em stand by ou pronto para entrar em ação acaba levando isso para seu dia a dia e vivendo em permanente tensão pelo próximo efêmero prazer.
Pensar no futuro é cuidar do seu bem-estar hoje, de preferência, com muita calma e sem ser dominado por acontecimentos.
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