Enquanto Tereza Cristina, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, defende o registro de novos agrotóxicos, afirmando que os consumidores não estão sendo prejudicados com a liberação de defensivos agrícolas, o zootecnista mexicano Rafael Zavala, representante da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations) no Brasil para assuntos de alimentos e agricultura, falou na tarde desta quarta (07/08), durante o “Convisa Rio”, conferência nacional da Vigilância Sanitária, sobre os desafios das tecnologias para combater a insegurança alimentar, como a necessidade da produção sustentável para a melhoria da qualidade de vida.
Em palestra para 200 profissionais, Zavala destacou números da FAO que estimam que 600 milhões de pessoas (uma em cada dez) adoecem por ano no mundo por consumo de alimentos contaminados, e 420 mil morrem. Segundo ele, os fatores são a falta de higiene na cadeia alimentar, o armazenamento inadequado e o uso inapropriado de produtos químicos. A “Convisa” vai até esta quinta (08/08), no Centro de Convenções SulAmérica, na Cidade Nova, com mais de 500 congressistas, entre pesquisadores, acadêmicos e gestores, e representantes do mercado fiscalizador, com técnicos sanitários de oito estados do Brasil.