
Wilson Witzel: governador do estado do Rio volta a defender atiradores de elite em operações policiais /Foto: Marco Rodrigues
O roubo de uma arma durante o LAAD Defense & Security 2019, maior feira de segurança da América Latina, no Riocentro, na Barra, nesta terça-feira (02/04), em nada abalou as convicções armamentistas do governador Wilson Witzel. Em discurso, ele defendeu novamente o uso de atiradores profissionais (snipers) em operações policiais no Rio — existe a suspeita de que três moradores da Favela de Manguinhos foram baleados por esses policiais em janeiro.
Daniel Lozoya, defensor público do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) da Defensoria Pública do Rio, é veemente contra e chegou a criticar a preparação dos policiais brasileiros no jornal O Globo: “Num estado em que o agente público confunde macaco hidráulico com fuzil, é inadmissível aceitar a ação de snipers”. Witzel também defendeu integração entre as Forças Armadas e a Polícia Federal para defender crimes. “A intervenção no Rio deixou um importante legado e mostrou que a Polícia Federal deve estar mais próxima das polícias civis.” A propósito, segundo a assessoria da feira, a pistola é uma arma não funcional, ou seja, é um equipamento que não tem partes fundamentais para o seu funcionamento.