
Odaléa Brando Barbosa: contente por preservar a memória do marido, que foi grande colecionador de arte/ Foto: Marcelo Borgongino
Um dos terrenos mais cobiçados pelas construtoras no Jardim Botânico, localizado na Lopes Quintas, e onde caberiam oito prédios, acaba de ser doado por sua proprietária, Odaléa Brando Barbosa, para o Museu de Arte Sacra de São Paulo. Odaléa, que está com 86 anos, fez a doação sob a condição de que o futuro proprietário mantenha viva a memória do engenheiro Jorge Brando Barbosa, que morreu há 13 anos e com quem foi casada por 57 anos. Ela já havia tentado passar a mansão e o terreno onde está localizada, que somam mais de 12 mil metros quadros, para o Exército brasileiro, mas a instituição acabou desistindo, por não ter recursos para manter um museu nos moldes desejados por Odaléa. “O que adianta, nessa altura da vida, me entupir de ouro e ficar com o coração despedaçado? As cinzas do Jorge estão na capela e estou agora confiante que ele não vai ser esquecido”, disse a viúva.
A casa é cheia de peças de arte, que já começaram a ser catalogadas pelo museu paulista. “Só para limpar a prataria preciso de um grande número de funcionários”, conta Odaléa. José Carlos Marçal de Barros, diretor-executivo do Museu de Arte Sacra, diz que a intenção é transformar a mansão, depois da morte de Odaléa, num museu-casa que represente a vida como era no Rio nas décadas de 50 a 70. O casal costumava receber para almoços e jantares personalidades que viviam no Rio ou visitavam a cidade carioca, e as paredes estão repletas de fotos dos anfitriões com príncipes e políticos.
Marçal está organizando um conselho para administrar o museu, presidido pela própria viúva, e que vai contar com a escritora Nélida Piñon, a historiadora Mary del Priore e o arcebispo Dom Orani Tempesta. “É provável que já consigamos colocar em prática, num espaço de tempo curto, uma oficina de restauro de peças antigas, um projeto que o próprio Jorge idealizou para os jardins da casa. O país é carente dessa mão de obra e nossa intenção é dar esses cursos para jovens carentes”, conclui. (Por Marcia Bahia)
O Rio e o Brasil agradecem a generosidade e visão da Senhora Brando Barbosa! Imagina 8 prédios ali,naquele recanto fabuloso do Jardim Botânico… todo mundo ia querer morar lá, e aí……Vida longa à ela !.
Se houvessem mais pessoas (principalmente as mais poderosas) como essa senhora, provavelmente as cidades seriam muito mais interessantes. Hoje em dia é um tal de querer construir prédios, prédios, e a beleza e qualidade de vida vão para o espaço.
Só a cultura e o conhecimento permitem gestos
de grandeza,como o dessa senhora.
A generosidade do casal vai proporcionar ao Rio um museu e uma oficina para restauração!!!
Uma raridade nos dias atuais, esse desprendimento material!!!
É um lindo projeto e ouvi do próprio Jorge e, Odaléa falarem com entusiasmo dele há uns anos atrás, quando nos reuníamos em almoços dominicais comandados pelo Almirante Pinto Guimarães.
Que felicidade saber que ele se concretiza!!!
Muito sucesso!!!
Parabenizo Odalea , querida amiga, pela maravilhosa idéia !!!!!!! uma mulher de visão !!!!!!!! Viviane Soares de Sampaio
Belíssimo exemplo de amor, devoção e respeito a ser seguido por outras famílias que poderiam muito bem doar para a sociedade, sem visar lucros. Bravo!
Tia Odalea, parabéns pela concretização ,desse sonho de voces 2 !
o Rio agradece !
Grande notícia. Se a proprietária se mudar para uma parte da mansão e ceder a restante para ver o museu funcionar, tenho certeza que vai viver por pelo menos mais 20 anos.
O Rio de Janeiro e o Jardim Botânico agradecem de coração este gesto da sra. Brando Barbosa!! Seu marido será sempre lembrado e os jovens da oficina de restauro terão uma formação especializada e uma vida melhor! Parabéns por esta iniciativa!
e muito bom sabe gue ainda tem gente de bom coração. nesse mundo louco parabem
Um grande gesto de desprendimento, e o Rio de janeiro e sua população agradecem.
Raríssimo comportamento, mas compreensível de quem gosta de arte, que é eterna.
Infelizmente nós não somos, mas dará tempo de aproveitarmos esta bênção que a sra. Odaléa nos deu, em homenagem ao seu amor. Gostaria de cumprimenta-la pessoalmente se houver oportunidade. Se não for possível, ela terá sempre minhas orações.