Barack Obama defendeu “oportunidades iguais para gays e lésbicas”; os cartórios de todo o Brasil foram autorizados a oficializar a união de casais do mesmo sexo; e a França realizou o primeiro casamento gay de sua história – atitude que será seguida pelo Uruguai a partir de julho. Nos últimos meses, algo mudou na ordem mundial e o setor de turismo não só percebeu, como quer tirar maior proveito desse filão.
Viagens para um ou outro público específico não são novidade. Mas, o apelo dos chamados destinos “gay-friendly”- onde os homossexuais não precisam temer o preconceito, são bem-vindos -, nunca foi tão grande. A foto do beijo do casal francês Vincent Aubin e Bruno Bolleau estampou a primeira página de jornais em todos os cantos do planeta e inspirou quem tem o turismo como ganha-pão.
Um exemplo é o site de dicas de viagem Cheapflights, que preparou uma lista com as 10 melhores cidades para novos casais, como Aubin e Bolleau, celebrarem o enlace. Na América do Sul, o Rio teve a melhor colocação, em quinto lugar. “As pessoas sabem como festejar no Rio”, escreveu o site.
No topo do ranking aparece Newport, em Rhode Island, o primeiro estado americano a legalizar a união entre casais do mesmo sexo. “É um resort com clima ideal, um centro urbano dinâmico e praias espetaculares”, recomenda o Cheapflights.
A lista se completa com Queenstown, na Nova Zelândia, em segundo lugar; Montpellier, França (3), Copenhague, Dinamarca (4), Rio de Janeiro (5), Camden, EUA (6), Montevidéu, Uruguai (7), Rehoboth Beach, EUA (8), Saba, Antilhas Holandesas (9) e Seattle, EUA (10).
Agentes de viagens avaliam que o turismo gay vai crescer 10% em 2013, movimentando quase 200 bilhões de dólares no mundo. É um dos poucos segmentos que desafiam a crise mundial.