Turíbio Santos, um dos maiores nomes do violão brasileiro, lança, segunda-feira (17/11), um relato escrito por ele próprio sobre sua vida, o “Caminhos, Encruzilhadas e Mistérios”, na Livraria da Travessa de Ipanema. O músico revela que só levou o projeto adiante por causa da pressão familiar: “Foi dificílimo escrever esse livro. É como fazer psicanálise sem o analista”, diz Turíbio. Como já havia tomado fôlego para escrever, o compositor gravou, também, o primeiro DVD dos seus 53 anos de carreira, com mais de 70 discos e CDs. Ele vai estar anexado à autobiografia e tem músicas de Villa-Lobos, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Chiquinha Gonzaga, gravadas em estúdio.
Ex-diretor do Museu Villa-Lobos, fundador da Orquestra Brasileira de Violões e presidente da Academia Brasileira de Música, Turíbio dividiu o palco com celebridades mundiais como Yehudi Menuhin e Rostropovitch e tocou acompanhado por grandes orquestras, sem perder o contato com o lado mais popular e brasileiro do violão.
Uma das passagens curiosas de sua carreira, aliás, ele conta que foi quando julgou o quesito harmonia no desfile das escolas de samba do Rio, em 1984. “Escapei ileso, embora tenha sido obrigado a desligar o telefone, enquanto as notas eram lidas na televisão. A Mangueira venceu e, tendo recebido de mim nota dez, no dia seguinte fui saudado por gente que nunca tinha visto na vida.”