O Museu de Arte do Rio (MAR) vai hastear sua nova bandeira, a “Tajá”, neste domingo (19/12), criada pelo artista carioca Matheus Ribs, numa releitura da planta que cresce em áreas abertas de florestas, beira de riachos e passou a ser cultivada nos quintais brasileiros. Tajá significa curar a terra e a folha.
O mapa do Brasil aparece como a própria folha da planta, chamando atenção para a degradação ambiental, e os veios vermelhos no centro são os rios que cortam o País e estão sob constantes ataques de contaminação. A bandeira antecipa os debates da “Rio + 30”, evento que o Rio vai sediar em 2022 para discutir as mudanças climáticas mundiais nos grandes centros urbanos.
Durante o hasteamento, o coral Guarani Tenonderã apresenta seus cantos tradicionais. Além disso, vai ter uma roda de conversa com Matheus e os curadores Amanda Bonan e Marcelo Campos, às 15h30. “A bandeira traz uma discussão sobre natureza, tradição, ancestralidade e África. Ela transforma o mapa do Brasil em uma planta, o Tajá, que tem em muitas casas e quintais. Acho que a bandeira do Matheus inaugura o pensamento do museu sobre as relações com a natureza. Matheus é um jovem artista carioca que lida, no seu trabalho, com questões como a cultura indígenas e afro-brasileiras”, explica Marcelo Campos, curador do MAR. Às 16h, O DJ MAM entra em cena nos pilotis do museu.
Matheus, 27 anos, nasceu na Rocinha e começou a produção como cartunista em 2013, quando entrou para a Faculdade de Ciência Política.