Nesta sexta-feira (26/06), dia em que a Suprema Corte dos EUA legalizou a união gay em todos os estados, os homossexuais cariocas não têm muito o que comemorar. Pesquisa feita pela Fundação Cesgranrio e pelo site Consultoria em Turismo (com coordenação do professor Bayard Boiteux), aponta que, entre os entrevistados, 70% dizem ter algum preconceito. Desse total, 20% têm em relação ao sexo. Nessa categoria, o que incomoda mais são os casais homoafetivos (50%), seguidos das cenas explícitas de afeto nas ruas (30%), do preconceito com transexuais (12%) e até com as demonstrações de afeto entre idosos nos locais públicos (8%).
Na própria avaliação do Rio como cidade, 45% acham a cidade preconceituosa; 40%, uma cidade aberta, sem preconceitos; e 15% acham que os cariocas fingem não ser preconceituosos. Acima do preconceito com o sexo, só o preconceito com a religião – 45% de quem se assume preconceituoso diz que têm problemas em aceitar a religião dos outros. As mais visadas são as religiões afro-descendentes (28%), e, em segundo lugar, o judaísmo (20%). A pesquisa foi feita com 1.600 cariocas entre 20 de maio e 8 de junho.