Cansado de tentar fazer tudo sozinho, o biólogo Mario Moscatelli gravou um vídeo pedindo ajuda direta ao governador Cláudio Castro, nesta sexta (27/05), para ver se o estado consegue dar jeito nas ecobarreiras nos principais rios que deságuam na Baía de Guanabara. “Queria fazer um apelo, porque há mais ou menos dois meses não temos ecobarreira nos rios que contaminam a Baía e isso está trazendo um prejuízo enorme, incomensurável”, diz Mario.
O primeiro aviso do biólogo foi há pouco mais de dois meses, quando denunciou o desaparecimento da ecobarreira no rio São João de Meriti e no canal do Cunha, que atravessa vários bairros da Baixada. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) instalou 17 ecobarreiras, em funcionamento desde as Olimpíadas de 2016, na foz dos principais rios e canais que deságuam na Baía de Guanabara, retirando o lixo, mas a operação de todas elas foi interrompida.
O biólogo e equipe de voluntários estão recolhendo o lixo que chega às margens da Baía, nas áreas de mangue, “que são fundamentais como maternidade, supermercado do ecossistema, filtro do ar, da água e agora eles estão funcionando como lixeiras”, avisa, citando que a Semana do Meio Ambiente está chegando – de 31 de maio a dia 5 de junho, quando é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. “Não temos tempo a perder. Preciso da sua ajuda direta para reinstalar as ecobarreiras, porque do jeito que está, não dá”, a turma joga tudo por aqui, de capacete a sofá e vai permanecer até a gente tirar”.
A coluna entrou em contato com o Inea, que respondeu: “O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informa que as ecobarreiras já estão sendo instaladas, das quais 5 já estão prontas. A contratação de empresa para retirada do lixo das ecobarreiras foi finalizada nesta sexta-feira (27/5)”.