
Karin Roepke e Edson Celulari /Foto: Davi Campana

Gisele Fróes e Nani Rubin /Foto: Davi Campana

Cine Odeon lotado /Foto: Davi Campana
Nessa quarta (18/12), aconteceu a pré-estreia de “Jojo Robbit”, na programação do Festival do Rio. O Cine Odeon ficou lotado, principalmente pela curiosidade da trama: o diretor neozelandêsTaika Waititi (que também interpreta Adolf Hitler) usa o humor para combater o fanatismo através dos olhos de um menino alemão (Roman Griffin Davis) que foi doutrinado pelo Nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. Ele fica consternado ao descobrir uma menina judia vivendo no sótão de sua casa. O longa, cotado para o Oscar, é protagonizado por Scarlett Johansson, a mãe do jovem Jojo.
“Estou curiosíssima para saber como se faz comédia, ainda mais com o Brasil atual e em tantos lugares do mundo, e o cara fazer a gente rir de um admirador de Hitler. A ideia é ótima. Acho que tem que rir, sobretudo. Lutar e rir!”, disse a atriz Gisele Fróes, uma das convidadas da sessão.
Classificado como uma “sátira antiódio”, o filme começou a ser imaginado em 2011, quando a mãe de Waititi recomendou o livro “Caging Skies” (2004), que inspirou o roteiro. Segundo o diretor, o lançamento se dá no momento em que populistas de extrema direita estão em ascensão em todo o mundo. E também no Brasil — de acordo com pesquisa recente de Adriana Magalhães Dias, antropóloga da Unicamp, o Brasil tem 334 células nazistas em atividade, a maioria nas regiões Sul e Sudeste. Que tal?