Espera-se, na vida real, um clima diferente do visto nas redes, sobre o “Rio Innovation Week” (RIW), que começou nessa quinta (13/01), no Jockey, e tem recebido algumas críticas: falta de organização, escassez de ar-condicionado, atraso das palestras, som ruim e distanciamento social inexistente, mesmo com a explosão da ômicron — inclusive, talvez por isso mesmo, o RIW fechou o feed para postagens do aplicativo e deletou as críticas. Tanto que, nesta sexta (14/01), a organização declarou: “Enfrentamos muitos desafios na abertura do evento. Pedimos desculpas a todos que não tiveram a experiência que esperavam. Estamos ajustando todos os pontos e estaremos prontos para recebê-los”. Sobre o trânsito ter ficado caótico, com reflexos em muitos bairros, sendo bom para o Rio, a gente perdoa — rsrsrs!
Na abertura, a lista de oradores foi grande: o prefeito Eduardo Paes, o governador Cláudio Castro, o ministro do Turismo Gilson Machado, os senadores Carlos Portinho e Flávio Bolsonaro, a representante do ministro Paulo Guedes, a assessora Daniella Marques, e muitos, muitos empresários; afinal, são eles as estrelas do RIW, a maioria entre os 500 palestrantes até este domingo (16/01).
O evento teve aprovação do governo Bolsonaro para captar R$ 2,7 milhões pela Lei Rouanet, aquela que o Presidente odeia, apesar de não ser uma programação diretamente dedicada à cultura. Desse valor, os organizadores conseguiram R$ 2 milhões com patrocinadores. O ingresso para os quatro dias é de R$ 490, sem meia-entrada.
Da cultura, um representante carioca esteve por lá, Xico Chaves, no espaço “Innovation Gallery”, no ambiente “Órbita poética”, com um trabalho em NFT, com obras de 2011 a 2021 em imagens e sons marcantes de sua carreira.