A ambientalista francesa Céline Cousteau foi a principal atração deste sábado (15/01), na “Rio Innovation Week”, no Jockey, e falou, obviamente, sobre todos os assuntos discutidos no evento, como biodiversidade, criptomoedas, ações e NFTs. E com um detalhe: a francesa, que também é produtora de cinema, escritora e consultora, fez questão de falar em português com as pessoas que encontrava nos corredores — e muito bem —, mas, no palco, o idioma foi o inglês. Em ambos os momentos, dando show de simpatia.
No início da década de 80, então com 9 anos, Céline esteve na Amazônia pela primeira vez, junto com o avô, o oceanógrafo e documentarista Jacques Cousteau (1910-1997), e já adulta, retornou à região em 2006 e 2007 para acompanhar o pai, Jean-Michel Cousteau, filmando as tribos que vivem isoladas no Vale do Javari, na fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia — do material, saiu o doc “Tribos no limite”, lançado em 2017, cujo trecho foi mostrado no palco do evento. “Estamos em 2022 e eu ainda conto a história deles porque eles me pediram”, disse Céline, que até hoje tem contato com os indígenas de lá, segundo ela, “meus chefes”.
E claro, fez questão de falar à plateia que 50% do oxigênio do mundo vem dos oceanos e 20% da Amazônia, chamando atenção para a preservação de ambos.