A empresária Dulce Wilmersdorfer, uma das administradoras do “Fórum Cidadão”, criado em 2019, fez um abaixo-assinado no Change.org, pedindo providências à Orla Rio e à Prefeitura sobre os constantes barulhos dos quiosques, bares, casas de shows e restaurantes em vários bairros. O documento é assinado por mais de 50 representantes de associações de moradores e sociedade civil, que vão entregar uma carta a Eduardo Paes e aos vereadores, pedindo providências contra o barulho.
O documento foi criado depois de muitas trocas de mensagens entre grupos de bairros, com uma quantidade enorme de reclamações. “Vejam como exemplo, o caos cacofônico no Posto 5, em Copa, com 5 quiosques competindo para ver qual perturba mais o sossego de quem sai para passear, que dirá para quem mora em frente!”, diz trecho do texto da petição.
A artista plástica Kim Poor, que mora na Vieira Souto, altura do Posto 10, em Ipanema, também faz parte da turma incomodada, principalmente com o quiosque Clássico Beach Club, inaugurado há pouco mais de um mês. “Praticamente, todos os dias, desde que abriu, ouvimos um bate-estaca altíssimo, às vezes começando ao meio-dia ou às 15h, sem parar, até às 10 da noite e, às vezes, além. Um inferno! Não dá para abrir as janelas. E nesse calor, também não dá para ficar com o ar-condicionado ligado direto”, diz ela. Sobre esse caso específico, a coluna entrou em contato com a Orla Rio, responsável pela administração dos quiosques, que disse que vai apurar a reclamação e cobrar um posicionamento.
Quem fiscaliza esse tipo de reclamação é a Secretaria de Ordem Pública (SEOP), através da Guarda Municipal, mas uma das desculpas, segundo o Fórum, é que a GM não tem decibelímetro, o aparelho usado para medir o barulho. No mais, o morador incomodado deve ligar ao 1746 ou 190 — segundo dados do primeiro número, o da Prefeitura, 70% das reclamações são sobre a perturbação do sossego.