Sobre os rumores de a vereadora Marielle Franco (PSOL) ter sido assassinada pelo perfil de sua atuação, ou seja, crime de ódio, sem mandande, levantado pelo ex-delegado do caso, Giniton Lages, o psicanalista Arnaldo Chuster comenta: “A tentativa de se criar um vínculo entre violência e ideologia sempre existiu. Na realidade, as ideologias sempre, de algum modo, agem com violência, pois se justificam com a clássica cisão entre ‘nós e eles’. Eles são sempre o problema; nós é que somos os certos. Todavia, essa cisão só consegue produzir uma razão cínica que justifica a violência e se exterioriza como crueldade. E o que é pior: não se reconhece nesse vértice”. E completa: “A violência não tem ideologia, nem cor, gênero, ou credo. A violência é o retrato da mente humana falida e, muitas vezes, sem condições de se reabilitar”. Na última sexta-feira (15/03), a Justiça do Rio determinou que os suspeitos, o ex-policial militar Élcio Queiroz e o sargento reformado da PM Ronnie Lessa, sejam transferidos para um presídio federal, ainda sem data.
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