A nota “Eu não quero blocos nas ruas da Zona Sul”, sobre movimento criado pelo advogado Marcos Motta, o Mavi, continua dando o que falar. Ignez Barreto, coordenadora do Projeto de Segurança de Ipanema (PSI), uma das mais atuantes moradoras do bairro, comenta: “Não sou contra o carnaval, e sim contra o saldo de sujeira, vandalismo e mau cheiro que fica na cidade. No meu entender, uma coisa que ajudaria muito seria a questão da venda irregular de bebidas a menores”, diz ela.
E segue: “O PSI entrou com uma representação junto à Promotoria da Infância e Juventude, pedindo que a lei seja cumprida e que a venda de bebidas para menores em bares, restaurantes e supermercados tenha fiscalização cerrada. Queremos também que os ambulantes sejam proibidos de vender bebidas alcoólicas, já que não é possível a sua fiscalização. Eles só poderiam vender água, mate, sucos, refrigerantes e afins”, completa.
A preocupação de Ignez com a desordem urbana vem de outros carnavais. Todos os anos, ela pressiona o Poder Público no sentido de disciplinar e reprimir os excessos da folia. O empenho de Ignez foi fundamental para a decisão da Prefeitura de diminuir a quantidade de blocos que desfilam na Zona Sul. Também foi por causa das reclamações dela que foram canceladas as festas de música eletrônica que aconteciam em Ipanema durante o réveillon e juntavam multidões. Sempre que vê algo errado no seu bairro, Ignez bota a boca no trombone.