Alguns cariocas mal podem acreditar no decreto proibindo caixas de som ou de qualquer tipo de aparelho que cause poluição sonora nas praias, virando uma verdadeira promiscuidade nas areias, em determinação já publicada no DO desta terça (26/04). A medida libera o uso em caso de atividades desportivas ou de lazer que tenham autorização do Poder Executivo, bem como eventos liberados para acontecer. Quem vai fiscalizar e apreender em caso de perturbação sonora é a guarda municipal.
No entanto, tem muita gente duvidando que isso possa realmente funcionar. A Prefeitura também proibiu a altinha em determinados horários, mas o que mais se vê do Leme ao Pontal são rodas praticando o esporte a qualquer momento. Capaz de, em vez da JBL portátil, o povo levar a aparelhagem completa. Se você está acostumado com as praias cariocas, deve saber que o problema não são das caixinhas isoladas, mas a competição entre determinados frequentadores, sobre o som mais alto.
Outro decreto da Prefeitura, publicado no dia anterior, também veta o uso de caixas de som na Praça São Salvador e redondezas, em Laranjeiras — é uma desejo antigo da associação de moradores do bairro, com constantes reclamações do barulho por ali, uma das campeãs de pedidos pela Central 1746, da Prefeitura. Segundo o texto, também estão proibidos o “uso de palcos, suportes, estrados e estruturas similares, bem como a improvisação de bancos, gradis, muretas, mobiliários e quaisquer equipamentos públicos construídos ou instalados”.