Se estivesse por aqui, talvez Fernanda Young usasse da ironia, talvez explodisse de alegria, ou não, para contar que está entre os 188 finalistas do Prêmio Jabuti, o principal e mais abrangente da literatura brasileira, com “Pós-F: Para Além do Masculino e do Feminino” (Leya), na categoria crônica, divulgado nesta quinta (03/10).
Com ela, nunca se sabia, mas certo é que a escritora, atriz, roteirista, mãe, mulher, inquieta, deixou muita gente destruída quando se foi, em agosto. É o 14º livro de Young, o primeiro trabalho de não ficção, um debate sobre o que significa ser homem e mulher nos dias de hoje. A cara dela, tão autêntica, que apenas falava o que pensava e nem sempre era compreendida. Na abertura, ela manda esta: “Não sou especialista em nada. Melhor, não sou especialista de coisa pronta. Procuro me aprimorar em mim, entendendo sobre mim”. Segundo os críticos, “Pós-F” não é fácil, nem delicado, sem meios-termos, assim como a vida dela.