
“Prêmio Camões”: o premiado escritor Germano Almeida (de túnica branca) ao lado dos ministros da Cultura dos três países – Sérgio Sá Leitão (Brasil), Luís Filipe Castro Mendes (Portugal) e Abraão Anibal Barbosa Vicente (Cabo Verde) /Foto: Marco Rodrigues

“Prêmio Camões”: o imortal da ABL Domício Proença Filho e a presidente da Biblioteca Nacional, Helena Severo /Foto: Marco Rodrigues

“Prêmio Camões”: o diplomata, poeta, africanista e membro da ABL, Alberto da Costa e Silva, o ministro da Cultura Sérgio Sá Leitão, o ministro da Cultura português Luís Filipe Castro Mendes (que já foi cônsul de Portugal no Rio) e o musicólogo Ricardo Cravo Albin /Foto: Marco Rodrigues

“Prêmio Camões”: o escritor Júlio Bandeira, a historiadora Lúcia Ricotta e o historiador inglês Leslie Bethell, brasilianista especializado no estudo da América Latina dos séculos XIX e XX /Foto: Marco Rodrigues
O escritor cabo-verdiano Germano Almeida recebeu o Prêmio Camões – o mais importante da literatura da língua portuguesa e que é patrocinado pelos governos do Brasil e Portugal -, nessa terça-feira (04/09), na Biblioteca Nacional, no Centro, e o dedicou ao povo de Cabo Verde. “Os cabo-verdianos adoraram. Aliás, acho que gostaram mais do prêmio do que eu. Fico com o dinheiro, mas vou doar-lhes essa honra”, disse ele em discurso, que também recebeu 100 mil euros (cerca de R$ 500 mil). Germano, de certa forma, quebrou o protocolo da noite: era o único sem terno ou figurino social; usava uma espécie de bata branca.
Estavam na cerimônia os ministros da Cultura dos três países: Luís Filipe Castro Mendes, de Portugal, que foi cônsul no Rio; Sérgio Sá Leitão, do Brasil; e Abraão Vicente, de Cabo Verde. “Existe uma grande ironia, uma grande capacidade de distância e que se aproxima até um pouco do espírito brasileiro, nessa vontade de não se levar muito a sério e nesse humor que ele mantém”, disse Luís Felipe sobre o trabalho de Germano. O escritor foi escolhido, por unanimidade, em maio passado, em Lisboa. O incêndio do Museu Nacional, claro, foi citado, princialmente, porque o prédio histórico da Biblioteca Nacional precisa terminar uma restauração do sistema elétrico que começou em 2014 e não foi concluída porque a empresa responsável pelo projeto faliu. Como sabido, a biblioteca abriga o patrimônio bibliográfico e documental do Brasil, sendo considerada uma das dez maiores do mundo pela Unesco.