Um ar de liberdade invadiu Paris nesta segunda (11/05) — uma sensação muito boa, mesmo que vigiada, cheia de esperança, no primeiro dia depois de 53 de confinamento. Na Champs Elysées, as pessoas respeitavam o distanciamento, e a grande maioria usava máscaras, mas todos com aquela vontade de sentir o vento do dia frio. A apreensão que estamos vivendo era clara no rosto das pessoas, mas vida que segue, torcendo para que tudo isso acabe em breve. Parte do comércio abriu, mas bares, restaurantes, parques, academias, museus e galerias continuam fechados.
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Resolvi dar uma volta com uma amiga que faz “conciergerie”, Cristina Pinheiro, para levar a vocês um pouco do clima da cidade. O Bon Marché estava relativamente cheio porque existe um controle rigoroso para entrar: os vendedores usando luvas e máscaras, painéis explicativos de segurança na entrada e álcool em gel pra todos. Gucci, Dior e Chanel estavam cheias de clientes — um recomeço encorajador para o comércio tão sacrificado neste período.
A Zara, uma das lojas mais visitadas pelos turistas, estava, como sempre, cheia de clientes fazendo fila na filial da Champs Elysées. Todos procuravam um look novo para se sentir feliz neste novo momento. Detalhe: não se pode experimentar as peças de roupa na loja, então o cliente leva para casa, experimenta e, caso não agrade, pode devolver. Novos tempos.
Uma das filas mais impressionantes foi em frente à loja Fnac de Saint Germain. Lá estavam inúmeras pessoas aguardando, durante horas, para entrar no paraíso dos eletrônicos.Uma das pesquisas feitas por empresas especializadas apontou que os franceses estavam dispostos a investir em novos aparelhos eletrônicos.
A famosa Galeries Lafayette não abriu a grande loja no Boulevard Haussmann, mas a da Champs Elysées estava aberta, com vários clientes esperando pra entrar, enquanto outros faziam suas compras do lado de dentro – tudo muito consciente e com todos os cuidados exigidos pelo governo. A curadoria da loja foi toda refeita para a abertura.
Algumas imagens provam que, apesar da liberdade de sair de casa, sem ter que levar uma declaração, as ruas não ficaram muito cheias porque os parisienses estão ainda muito receosos.

A praça dos Invalides, no Quartier Latin

Os cafés ainda fechados, sem data pra abrir

A loja de departamento Printemps com as portas fechadas

Na primeira imagem, a fila da Louis Vuitton que as brasileiras adoram; na segunda, até os homens fizeram fila para cortar o cabelo nos salões
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Olá
Muito bom saber que Paris está voltando a viver.
Bjs