Alguns opositores de Eduardo Paes têm criticado a decisão de manter o carnaval na Sapucaí, entre eles, o vereador Tarcísio Motta (PSOL). “Faltando 50 dias para a festa, os indicadores epidemiológicos e sanitários apontam que não é possível garantir a segurança sanitária da cidade. Carnaval é uma festa de celebração da vida. Não dá para termos carnaval com tamanho risco”, diz ele.
O político também enumerou alguns pontos, como a disseminação do Ômicron em outras partes do mundo, citando a ineficiência do passaporte vacinal nesse caso específico. “Sendo assim, não me parece adequado simplesmente diferenciar eventos carnavalescos em espaços fechados daqueles feitos em áreas abertas. Infelizmente, isso significa que pode não ser seguro ter carnaval na Sapucaí, muito menos cortejos de blocos em espaços fechados”, explica Motta, que chamou a liberação de bailes em clubes e locais fechados de “elitização do carnaval carioca”.
Paes tem recebido a crítica de muitos internautas e respondeu: “Com todo respeito aos analistas e progressistas de sofá: os blocos do povo pobre e humilde tocam forte é na Sapucaí, na Intendente Magalhães e na Avenida Chile. São eles os criadores dessa manifestação cultural incrível. Elitista! O lugar que vocês estão? Aposto que é na Zona Sul… Só para gringo ver, né? Só pensam em agradar aos imperialistas!”
Motta, assim como representantes do Psol na Câmara, propõem que a Prefeitura, as ligas e associações de escolas, blocos e demais escolas considerem a possibilidade de adiar o carnaval para meados de 2022. “Assim, o impacto do cancelamento sobre os trabalhadores e toda a cadeia produtiva do carnaval pode ser, ao menos, amenizado, e a festa, com a melhora dos indicadores sanitários, poderá acontecer com toda sua diversidade e força”.