Foram 57 placas pretas sobre cruzes brancas com os nomes de crianças mortas por bala perdida no Rio entre 2007 e 2019, colocadas na tarde desta segunda (23/09), no Aterro do Flamengo, uma manifestação da ONG Rio de Paz, filiada ao Departamento de Informação Pública da ONU. São 600 metros de pista ocupada. “Como ficar calado? Como não cobrar resposta das autoridades públicas? Quantos dedos apertaram o gatilho da arma que matou a Ágatha Félix (a menina de 8 anos que foi morta por uma bala de fuzil no Complexo do Alemão)? Não foi apenas o dedo de quem a acionou, mas de autoridades públicas que estimulam a guerra, e o fazem por saber que têm o apoio de grande parte da sociedade brasileira”, disseram os organizadores.
Nesta terça (24/09), na Curva do Calombo, na Lagoa, às 15h, a ONG vai fazer a atualização da instalação permanente em memória dos 44 policiais militares assassinados no Rio este ano. “Nenhuma ação isolada dá conta dos problemas que o Rio enfrenta na segurança pública. O Estado carece de um pacote de medidas, que tenha como meta combater as mais diferentes causas que, historicamente, estão por trás das mortes de moradores de favela e policiais. A começar pela implementação de políticas públicas nas comunidades pobres, reforma da polícia e fim da guerra às drogas”, diz Antônio Carlos Costa, presidente da Rio de Paz.
O povo pobre está calmo demais nesse país é por isso que estas coisas continuam a acontecer.