Só faltou ter choro no encontro entre o ilustrador César Villela, de 87 anos, o músico Roberto Menescal e o escritor Ruy Castro nessa quinta-feira (22/02), no Museu da Imagem e do Som (MIS), na Lapa: todos emocionadíssimos. César, criador de mais de mil capas de LPs da Bossa Nova e dono de vários prêmios internacionais, gravou a série “Depoimentos para a Posteridade”, intitulada “Bossa 60”. Ele foi entrevistado durante três horas: “Nunca tive intimidade com os artistas. Fazia as capas de acordo com a proposta de cada trabalho. O Menescal foi uma exceção: fiz três capas para ele, mas nos tornamos amigos por ele ser essa pessoa bondosa e tão bacana. Eu sempre me preocupei com o que o artista era como pessoa, e não com o sucesso que ele fazia ou com sua fama”, disse ele, olhando para um Menescal com olhos marejados. Há algum tempo, Villela tem se dedicado às artes plásticas e pretende lançar um livro com 120 ilustrações e poesias para acompanhá-las. “Estou apenas aguardando patrocínio. Não quero lucrar com isso porque a renda vai pra uma instituição que apoia meninas carentes”, disse ele, que mora em Miguel Pereira, interior do Rio.
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