Seis mães do Sul do Brasil que poderiam ser seis mães do Rio, São Paulo, Nova York, Tóquio, de grandes ou pequenas cidades, de qualquer lugar do mundo. Elas falam por milhões; são as vozes que traduzem o sofrimento de mulheres que têm filhos dependentes químicos. Assim é “Algemadas”, livro-reportagem com histórias reais, que trata de forma direta e sensível um efeito nem sempre visível das drogas.
Escrito pelos jornalistas paranaenses Raphael Moroz e Milena Beduschi, o livro faz uma reflexão sobre a codependência, que torna mães tão reféns do vício quanto seus filhos. Elas também precisam de ajuda; desmotivadas, sem autoestima, lidam diariamente com a culpa, tomam atitudes extremas para protegê-los e, não raro, estabelecem uma relação doentia com eles.
É uma lição de vida e de sobrevivência, experiências de mães que se viram cara-a-cara com o tráfico e se tornaram escudos para seus filhos. Não é uma obra moralista; apenas, uma tentativa de mostrar que o melhor caminho pode passar por decisões dolorosas, mas necessárias. É uma outra perspectiva, um sinal de esperança.