Preterido por Temer na nomeação para Procurador-Geral da República – pela tradição, seus 44 votos a mais do que os recebidos pela segunda colocada na eleição do Ministério Público Federal, Raquel Dodge, teriam garantido a ele o cargo – o vice-procurador da República Nicolao Dino prefere não entrar muito em suposições sobre os fatores que pesaram contra. “Quem tem que explicar o motivo de eu não ter sido escolhido é quem não me escolheu”, diz, bem-humorado, para em seguida, comentar: “Talvez o meu trabalho tenha pesado, minha proximidade com o Rodrigo Janot”. Como se sabe, o vice-procurador-geral eleitoral teve atuação destacada nos pedidos de cassação da chapa Dilma-Temer.
Dino, que não conhece pessoalmente Raquel Dodge, comenta sobre a responsabilidade do cargo: “Que seja bem-sucedida. O êxito dela será o êxito do Ministério Público e, em consequência, do país”. Depois do dia 17 de setembro, último dia de Janot na Procuradoria-Geral da República, o maranhense volta para a subprocuradoria-geral junto ao STJ.