Ipanema de luto: morreu, nessa segunda-feira (09/04), aos 82 anos, o fotógrafo Paulo Góes, um dos fundadores da Banda de Ipanema e, também, figura das mais conhecidas e históricas do bairro. Ruy Castro, autor do livro “Ela é carioca”, conheceu-o bem. “Paulo Góes levou uma vida maravilhosa. Grande boêmio, passou décadas se divertindo, tomando todas; mas, há bastante tempo, parou de beber e de fumar. Foi um grande personagem carioca: crítico, inteligente, debochado, e com um componente suicida, como a maioria dos que adoravam a boemia nos anos 50 e 60”, diz o escritor.
Ainda segundo a publicação, entre os primeiros “bandeiros”, estão o cartunistas Jaguar e Ziraldo, os fotógrafos René Roof e Armando Rozario, o joalheiro Caio Mourão, o corretor Zequinha Estelita, o economista Roniquito de Chevalier, o arquiteto Bernardo Figueiredo, e muitos, muitos outros.
Paulo Góes era meu tio. Eu gostava muito dele – e aprendi muito com as muitas frases bem humoradas. Na Santa Ceia, que eles montaram no Zeppelin, ele era ninguém menos que Jesus Cristo. Merecia.
Obrigado Lu – e muitos outros que nos mandaram mensagens carinhosas. De onde estiver, ele vai rir se divertir.
Abraço carinhoso.
Paulo Góes era meu pai, um pai muito carinhoso e engraçado que inventava coisas e nos dizia que era alemão como por exemplo”Ezervundem croidem oderich safanain”, isso ele nos dizia que era alemão, e nós repetíamos achando que era verdade e nos achando o máximo por saber alemão. Ele também dizia que quando o Nelson Mota estava de meia soquete ficava de gola rolê. Gente esse era meu pai que foi se encontrar com Tom, Vinicius e muitos outros. Que festa deve estar lá!
Queria agradecer em nome de meus irmãos essa homenagem a meu pai. Quem era Paulo Góes como pai? Era aquele pai que nos levava desde pequenos para sair na Banda de Ipanema, nos levava a praia na Montenegro, nos levava ao Antonio’s ao Veloso. Ele agora deve estar fazendo do céu uma grande festa junto com Tom, Vinicius, Hugo Bidê, Zequinha Stelita, Roniquito dentre muitos outros. Gente que festa deve estar lá!
Desculpem por mais um depoimento, mas as saudades de meu pai são tantas que não canso de ler e reler essa matéria. Nós os filhos estamos sentindo uma falta enorme dele, mesmo sabendo que ele descansou. Mas o fato de sabermos que não o veremos mais e que não ouviremos a sua voz grossa é muito vazio. Minha irmã e eu ficamos nos lembrando as maluquices dele, como passar trote dizendo “Terezinha o Chacrinha vem aí ou “Silvio Santos vem aí tocando sua bandinha”, adorava dar susto na gente. Mas junto dessa brincadeira toda tinha o lado sério em que nos ensinou a não termos nenhum tipo de preconceito (seja ele qual for), nos ensinou ser pessoas de bem. Diante desse pai só podemos dizer quantas saudades pai! Seja feliz aí junto com sua turma, faça a festa por nós. Descanse em paz e até um dia que sabe.
Paulo Góes fez as únicas fotos que tenho com meu pai (Hugo Bidet) e meu irmão. Lembro-me como se fosse hoje: estávamos na Praça General Osório e Paulo, passando por ali, fez 2 fotos maravilhosas. Ainda éramos crianças e, para mim, parece que foi ontem. Nos víamos mt pouco, quase nada. Ainda assim, o carinho estava sempre presente. No dia 20 de abril completarei 35 anos sem meu pai. Paulo ajudou para que esas lembranças se tornassem mais tangíveis. Sou mutio agradecida pela sua generosidade…
Olha Cristina Leão, em primeiro lugar muito obrigada pelo carinho de lembrar de meu pai, e segundo quero dizer que também tinha o maior carinho pelo seu pai Hugo, saía muito na Banda de Ipanema no colo dele. Você no dia 20 de abril completou 35 anos sem o seu pai. Eu hoje completo 3 meses seu meu pai e é uma saudade que não passa. Muito obrigada pelo seu carinho viu!