Paulo Renha, síndico do edifício Liberdade, de 20 andares, que desabou no Centro do Rio, em janeiro de 2012, levando junto mais dois edifícios (um de 10 andares e outro de quatro), morreu na noite dessa quarta-feira (23/01), na Clínica São Vicente, na Gávea, onde estava há mais ou menos três semanas.
Os amigos falam que Renha ‘começou a definhar’ no dia da tragédia que causou as 22 mortes. Dois meses antes, ele perdeu a mulher, Mariinha, e ainda estava abaladíssimo.
Em maio do ano passado, Paulo Renha foi indiciado por desabamento culposo qualificado e falsidade ideológica. O Edifício Liberdade havia sido construído pelo pai de Paulo Renha, em 1938. Ele herdou o prédio em 1959 e ocupou o cargo de síndico por muitos anos, sempre com fama de durão e incansável. Era também dono do nono andar, onde a inquilina TO (Tecnologia Organizacional) fazia as obras apontadas como motivo do desabamento.
Renha esteve por um período no Albert Einstein, em São Paulo, antes de ser internado na clínica carioca. Senhora, sócia do Country Club, onde conviveu muito com ele, seu amigo e contemporâneo, diz que PR morreu por problemas neurológicos causados pela tragédia. Renha, cujo corpo já está sendo velado no Cemitério São João Batista, deixa dois filhos, Luiz Ricardo e Paulo Sérgio.
Era um amigo querido,pelos incontáveis amigos!
ao amigo paulo, meus sentimentos em relação ao seu querido pai.
Convivi com o Paulo por mais de 30 anos. Primeiro atraves do meu pai, depois diretamente.
Estive no seu enterro hoje para me despedir de alguem que viveu para fazer o bem , principalmente para os mais humildes e desasistidos, tendo presenciado muitas vezes sua generosidade que ia alem do aspecto material. O Paulo ia alem, dava atencao aos problemas e questoes dos amigos, empregados e coloboradores e sempre tinha uma palavra de consolo e incentido, isso quando nao resolvia diretamente.
Homem gentil, sempre bem humorado, contador eximio de casos, afetuoso, amigo leal. Esse um breve perfil do nosso tao querido Paulo.
Seus incontaveis amigos ao mesmo tempo que lamentam e sofrem sua perda, souberam com muita alegria da noticia de que ele apesar de ter sido indiciado , nao acabou sendo denunciado no episodio do desabamento dos predios. Uma vitoria da justica, que ele nao assistiu.
Foram muito duros e injustos com o Paulo nesse episodio, uma tragedia que o abateu profundamente . Homem correto, honrado, digno e trabalhador, sentiu muito mesmo tudo isso, mas nunca se queixou da vida.
Foi uma boa pessoa, ajudou muita gente principalmentes os funcionarios que tiveram a honra de trabalhar com ele e para ele. Obrigado Dr Paulo Renha.