Começa às 14h desta terça (11/07), no São João Batista, capela 2, o velório de Humberto Saade, empresário criador da Dijon, marca de jeans que fez muito sucesso no Rio nos anos 80, com cantoneira metálica no bolso e publicidade ousada para a época, com modelos de seios de fora como Luiza Brunet, Vanessa de Oliveira e Monique Evans.
Humberto, de 78 anos, teve um infarto na madrugada desta terça. Sua ex-mulher, Madeleine Saade, conta que ele era diabético, estava com pneumonia, não estava se alimentando direito e não quis ir ao médico. Madeleine e Humberto, que tinha fama de namorador, foram casados por 23 anos, mas mantiveram um bom relacionamento depois da separação. “Nenhum filho aceita o divórcio dos pais, seja rico ou pobre, por isso trabalhei minha cabeça para relevar muita coisa pela Tamima (a filha do casal, psicóloga)”, diz Madeleine. O empresário e Ibrahim Sued, colunista social que morreu em 1995, foram símbolos de descendentes de árabes bem sucedidos na sociedade carioca dos anos 70 e 80. Saade também costumava promover réveillons no seu apartamento do edifício Chopin até dois anos atrás – e Madeleine, que é banqueteira, é quem sempre fazia o bufê árabe.
“Ele e Ibrahim foram homens que brilharam muito e tiveram dificuldade de aceitar a decadência natural do ser humano, mas Humberto não estava deprimido, uma hora antes de morrer falou com a Tamima por telefone”, acrescenta. “Era um homem extremamente vaidoso e acho que ele saiu na hora certa dos holofotes – morreu com dignidade”, conclui Madeleine. Humberto, aliás, tinha amigos de todas as idades e eles estão se despedindo com inúmeras mensagens nas redes sociais.