Mesmo com a anunciada devolução, pela Defesa Civil, do edifício Canoas à administração do condomínio ainda nesta quarta-feira (20/05) – o prédio, em São Conrado, sofreu sérios estragos com uma explosão acontecida no 10º andar, na segunda-feira (18/05) – a previsão de volta dos moradores dos apartamentos menos afetados é de, no mínimo, 15 dias.
A assessora de imprensa Suzana Galdeano, moradora do terceiro andar, que sofreu poucos danos, é uma das várias pessoas que procuraram abrigo na casa de parentes. Ela está no apartamento da irmã, no Leblon, mas já está procurando outro endereço para alugar temporariamente.”Todo mundo está se ajeitando com familiares, não tivemos apoio por parte de ninguém nessa questão de hospedagem”, conta Suzana. No que diz respeito ao atendimento montado no condomínio pela Secretaria de Defesa Civil, Suzana não tem do que reclamar: “É classe A, estão dando lanches e até água mineral para quem quiser molhar as plantas”.
Suzana deixou o apartamento, com o filho de quatro anos nos braços e com a mãe, vestida com uma camisola e descalça. “Tomo remédio pra dormir mas nesse dia resolvi não tomar, porque meu filho estava com muita febre. Acordei com o estrondo e muitos gritos em seguida. Uns gritavam que era incêndio, outros que o prédio estava desabando. Quando chegamos na portaria ela estava derrubada”. A assessora já teve direito a voltar a seu apartamento nessa terça, por dez minutos, para pegar roupas e objetos essenciais. Hoje ela vai poder retornar pelo mesmo período de tempo.