Depois que as prefeituras das maiores cidades do País revogaram o aumento das passagens de ônibus, muito se falou e questionou sobre o futuro dos protestos. A resposta foi clara: a mobilização dessa quinta-feira (20/06) teve número recorde de manifestantes.
As emissoras de TV se viram obrigadas a mudar a programação para mostrar, durante horas seguidas, 1 milhão de pessoas nas ruas de todo o Brasil. O maior protesto foi no Rio, com 300 mil participantes – mais uma confirmação da capacidade histórica da cidade de comandar os clamores por mudanças.
Em São Paulo, o número de manifestantes, de acordo com várias fontes, não chegou a 100 mil. Considerando o tamanho das duas cidades, a passeata no Rio foi cinco vezes maior. Aqui, são 6.320.446 moradores, o que significa que 5 de cada 100 estavam nas ruas, protestando. Na capital paulista, a adesão atingiu cerca de 1 por cento dos mais de 11 milhões de habitantes. Ponto para o Rio. Em compensação, os paulistas foram muito mais pacíficos e civilizados; não fizeram quebra-quebra, nem fogueiras, nem destruição do patrimônio público. Ponto para São Paulo.