
Últimas aparições de Antonio Dias aqui no site: na primeira foto, o artista plástico com a filha Nina e a curadora Vanda Klabin; na segunda, com Nara Roesler (galerista do artista) e Fernando Cocchiarale ; na terceira, com Gabriela Moraes e Bruno Dunley; na quarta, com Waltércio Caldas e Ernesto Neto; na quinta, com Beatriz Vergara e Paula Chieregato /Fotos: Arquivo site Lu Lacerda/Marco Rodrigues/Paulo Jabur/Vera Donato
Morreu, aos 74 anos, o artista plástico paraibano Antonio Dias, que se mudou para o Rio aos 14 anos – tinha um apartamento em Copacabana -, mas, desde 1965, vivia muito mais na Europa, quando ganhou uma bolsa de estudos de pintura da Bienal francesa e, aos 21 anos, ganhou o prêmio da Bienal de Paris. Antonio, considerado um dos maiores artistas plásticos brasileiros, esteve por dias internado no Hospital Samaritano, em Botafogo. “Há mais ou menos 20 anos, o Antonio lutava contra um câncer. Ele se tratava, diziam que ficou bom; voltava em outra parte do corpo, se tratava de novo, reaparecia, ia e voltava, e assim foi”, diz uma jovem amiga do artista – tinha amigos de todos as gerações e perfis.
Constam trabalhos seus nas principais paredes e coleções brasileiras, além de ter reconhecimento internacional, como fala Heitor Reis, presidente da BGA (Brazil Golden Art): “Antonio Dias é dos mais simbólicos nomes da arte brasileira de todos os tempos. Participou intensamente do movimento tropicalista e da arte pop brasileira, que eu considero extraordinária, tanto quanto Helio Oiticica, Lygia Clark e Lygia Pape. Eles estão nas grandes instituições e coleções internacionais”.
Antonio Dias tinha uma característica muito perceptível: aplaudia, valorizava, aclamava os colegas de profissão e, estando no Rio, sempre aparecia nos vernissages, muitas vezes para apoiar o artista. Foi-se o Dias, de muito talento e muitos gestos.