
João do Corujão: um dos poucos negros na Flip - Paraty, perto de Campinho da Independência, comunidade quilombola, mas sem negros da Flip / Foto: Lu Lacerda
Ali, em Campinho da Independência, no município de Paraty, 80 famílias vivem na comunidade quilombola, fundada por três irmãs escravas, no século XIX. Segundo pesquisas, com o fim da escravidão, as três receberam terras e lá continuaram vivendo. A cidade histórica tem muitos afrodescendentes, mas, em contraste a isso, na Feira Internacional Literária de Paraty, que acabou nesse domingo (07/07), o mais difícil foi ver um negro nas palestras, especialmente na Tenda dos Autores, a principal, onde cabem 850 pessoas.
Um dos poucos vistos ali, além do Gil, que fez o show de Abertura, era o poeta João do Corujão. Vamos lembrar que, pelo último censo do IBGE, os brancos, pela primeira vez, passaram a ser menos da metade da população no Brasil.
É um evento longe de ser para o povo, ao contrário do que disse William Waack, mediador de um dos debates mais excitantes de todo o evento – “O povo e o poder no Brasil” -, com o economista André Lara Resende e o filósofo Marcos Nobre. A certa altura, Waack (que foi vaiado e aplaudido durante a conversa), apontando para a plateia-de-pele-branca, disse: “Vocês, o povo”. O “povo” ali podia ser Pedro Moreira Salles ou Paulo Henrique Cardoso, Beatrizinha Monteiro de Carvalho ou os maiores nomes da intelectualidade brasileira.
Sem essa de querer afrodicalizar tudo. Falou, falou mas não me disse nada sobre a obra de João do Corujão. São os tempos. Aprendiz de jornalista, também?
João, para nós da UNIVERSO é um orgulho termos no nosso quadro profissional e agradeço por ser o amigo dectodas as horas.
Bjs!!!!!
Vãnia Martins
LU LACERDA, VOCÊ ESTÁ QUERENDO DIZER QUE A FLIP É PRECONCEITUOSA, OU MELHOR, QUE É SÓ PARA BRANCOS?????????????????
QUERO VER MEU COMENTÁRIO QUE ACABEI DE ENVIAR PUBLICADO. CASO CONTRÁRIO, VOCÊ, LU LACERDA, É TAMBÉM UMA GRANDE PRECONCEITUOSA E ANTI-DEMOCRÁTICA!!!!!!!!!!!!!
Os jovens universitários (basicamente foi isso…) fizeram um fuzuê pelo transporte: o Congresso se mexeu, a presidente se mexeu (somente não os governadores e prefeitos que, como sabemos, nada têm a ver com transporte urbano e atendimento do SUS…)…
Tudo muito bom. Aguardo ansioso o dia em que a juventude afro-brasileira se verá afro-brasileira no espelho e verá quantos ministros, deputados, vereadores. prefeitos, governadores, apresentadores de TV são “algo que não tenha olhos azuis”.
Esse dia será o dia em que perceberemos: a despeito de Machado de Assis, o criador da ABL, cadê a “negrada” na ABL? Ou vive a literatura de convescotes e compadrios?
Cotizando a poesia, era o que faltava….
Falta de pauta? Arte não tem cor, nem credo.
Sai pra vida, Lu Lacerda…
O Joao é um querido ! Faço muitos trabalhos com ele (Universo); Neste ultimo trabalho a venda de livros se destinou a Comunidade S8 para dependentes quimicos;
Maravilha de pessoa , profissional que merece todo carinho !!!
Bjs Lu Lacerda !! Amo sua coluna !!