O endereço da colecionadora e empresária Frances Reynolds, no Jardim Botânico, pode inspirar qualquer artista: se você olha pra cima, dá de cara com o Cristo, se olha pra baixo, vista linda de parte do Rio, se olha para a casa em si tem obras de arte dentro-e-fora-e-no-meio-e-em-volta. Nessa segunda (25/11), Frances ofereceu jantar em homenagem a Maxwell Alexandre, que inaugura a mostra “Pardo é Papel”, no Museu de Arte do Rio (MAR) nesta terça (26/11) — e ao empresário Eduardo Braule-Wanderley, presidente da Petra Gold, patrocinador da exposição.
Maxwell, que nasceu e mora na Rocinha, costuma mostrar o cotidiano da favela e ícones de consumo, tudo ligado pelo hip hop — representando no evento pelo rapper BK. E foi um baralhão: muita gente das artes, do rap, da música, jovens, moderninhos, gente de direita, gente de esquerda, gente de centro. O artista homenageado só chegou lá pelas onze da noite, quando muita gente, esperando pelo jantar, assinado por Flavia Quaresma, já tinham se rendido aos bons drinques e aberto a pista de dança.
A exposição foi finalizada em um mês, intermediada por Frances, através do Instituto Inclusartiz, também à frente de uma residência de Maxwell na Delfina Foundation, em Londres, no ano passado, cujo próximo passo é uma residência em Paris, de março a junho de 2020, a convite da colecionadora Sandra Hegedüs, com exposição no Palais de Tokyo.