Um pequeno trecho do livro “Elza”, biografia de Zeca Camargo: “Aos cinco anos, Elza Soares mal havia acordado quando teve uma visão. Ao lado de um “caboclo fechado, que não estava a fim de papo”, surgiu São Jorge, montado em um cavalo. A menina então falou: “São Jorge, posso pedir pro senhor dizer para meu pai não me bater tanto assim?”. Mas o santo respondeu que ela ainda apanharia muito — e Elza, muitos anos depois, relembra: “Mal sabia eu que ele queria dizer que eu iria apanhar mais da vida do que do meu pai”.
Elza morreu aos 91 anos, nesta quinta (20/01), de causas naturais, em casa. A família divulgou pelas redes sociais, mídia em que a artista era muito ativa e, em 40 minutos, já eram mais de 18 mil comentários – para quem acredita em fechamentos de ciclos, o número da última publicação é o 2.022 (a quantidade de posts no perfil). “Ícone da música brasileira, considerada uma das maiores artistas do mundo, a cantora eleita como a Voz do Milênio teve uma vida apoteótica, intensa, que emocionou o mundo com sua voz, sua força e sua determinação. A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo mundo. Feita a vontade de Elza, ela cantou até o fim”, diz o texto, assinado por Pedro Loureiro, Vanessa Soares, parentes e equipe Elza.
Também coincidentemente, Elza morreu no mesmo dia de aniversário de morte de Garrincha, em 1983, com quem foi casada por 17 anos.
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Veja o vídeo emocionado de Zeca Camargo:
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