
A Lagoa repleta de lama /Foto: Ari Kaye

Rua numa escola do Horto /Foto: Ari Kaye

Rua Sara Vilela, no Jardim Botânico, completamente destruída /Fotos: Ari Kaye

Rua Pacheco Leão, no Jardim Botânico /Foto: Ari Kaye

Carro preso pela lama depois de ter sido arrastado, no Corte de Cantagalo /Foto: Ari Kaye

Exemplo do lixo descartado de qualquer maneira e levado pela correnteza no Jardim Botânico /Foto: Ari Kaye

Sofás na calçada da Pacheco Leão, no JB /Foto: Ari Kaye

A enseada de Botafogo na tarde desta terça-feira (09/04) /Foto: Ari Kaye
Colaborador da coluna, o fotógrafo carioca Ari Kaye decidiu sair às ruas, nesta terça-feira (09/04), para mostrar o cenário que ficou da enchente. Acostumado a fotografar noitada e gente feliz em clima colorido, Ari não aguentou: pegou o carro e saiu pela cidade, atrás de imagens que retratam o outro lado, o caos.
Morador do Humaitá, ele se uniu ao cinegrafista Fabio Henrique, do Horto, que apareceu nos vídeos, nas redes sociais e na TV, marretando a porta de um apartamento no dia anterior, também no Horto, para salvar uma senhora. “Estou rodando o Rio desde esta manhã, para mostrar esta tragédia, porque só mostramos coisas bonitas; mas as coisas estão feias demais. Não tem ninguém pelas ruas, não encontrei equipes de salvamento em lugar nenhum – a cidade está abandonada, largada, sitiada de tristeza, sem brilho. Os cariocas perderam a autoestima, a confiança, e estamos caminhando para algo muito sério”, diz ele, que terminou os registros no fim da tarde, na Enseada de Botafogo.
E acham que é “privilégio” dos cariocas? Qualquer cidade de média pra grande está no mesmo lixo. Administração pública se tornou administração privada de salários e “comissões” nesse país. Promovem aumentos irresponsáveis e desvinculados do orçamento e passam a conta pro povo se virar. País falido.