Um dos lugares, visto por muitos como um dos mais mal aproveitados da cidade, o Jardim de Alah, que divide Ipanema e Leblon e liga a Lagoa ao mar por um canal, tem potencial econômico, cultural e turístico gigantescos. A prefeitura lançou edital de concessão de uso em março com entrega para abril, mas até agora nada. A empresa vencedora vai poder explorar a área por 35 anos e assumirá os custos da revitalização, estimada em R$ 112 milhões.
Mas, enquanto a Prefeitura tenta manter o Jardim atraente para a parceira pública-privada, moradores reclamam da desordem, em especial, nos últimos meses, com caminhões barulhentos e música alta na Cruzada de São Sebastião, no Leblon, a chamada favela vertical.
O jardim, que fica entre três dos bairros com metros quadrados mais caros do Rio, é usado como área de lazer de pessoas e cães e em nada lembra à época dos passeios de gôndolas que levavam pessoas através do canal até à Lagoa há algumas décadas – os jardins ficaram prontos em 1938, projeto baseado no trabalho do arquiteto francês Alfredo Agache para outros jardins, com obra de David Xavier de Azambuja.
Foto: @alexandresalem